quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Dúvida

De uns tempos para cá... Toda certeza que me assola virá fragmentos diante da dúvida
E confrontada que é a certeza se despe de imediato, para nua ruborizar diante dos fatos
Diante da incerta estrada que me leva a certeza embora, decidi adotar a dúvida e a dúbia combinação: não sei / talvez
Porque em todo momento de certeza descobri falho o conteúdo...
Me abracei então a dúvida sempre presente de modo discreto, buscando minha atenção sem ostentação.
Me deparo constantemente com o desconhecido, quando dava por certo o concreto.
Pois bem, dúvida!
Senta aqui do meu lado e me conta o que sabes...
Me fala das certas palavras que perderam-se nos discursos e versos
Conta-me as histórias cheias de fatos mais ou menos que desenham as estórias dos outros
Mostra-me todos àqueles que, cheios de certeza erraram o caminho...
E ao mesmo tempo todos os que, cheios de dúvidas chegaram ao destino.
Me sinto mais feliz na companhia da dúvida, que me permite rir daquilo que sei
E encontrar mais de tudo que não sei
Me sinto mais leve e verdadeira na companhia da dúvida
Que de imediato não me deixa agir, a ação da qual poderia me arrepender...
E que me possibilita tentar fazer o melhor, mas sem aquele julgamento de acertar com certeza
E também a dúvida me apresentou o não julgar
Importante para viver melhor, uma vez que na dúvida é melhor deixar passar...
Tenho vivido melhor com a dúvida e ela na minha companhia.