segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O caminho do amor

Como pode alguém que diz amar, privar seu objeto de amor das pequenas alegrias?
Como pode esse amor ser desprendido e altruísta?
Como pode esse amor conservar o afeto do ser amado?
Se ele se compraz no prazer egoísta.
Como pode o discurso do amado ser diferente de sua prática?
Como pode o amor se manter vivo diante da indiferença do outro?
Que amor sobrevive a uma via de mão única?
O amor em si é desprendimento e entrega,
Concessão e resignação
É aceitação de parte a parte
E a capacidade infinita de rever conceitos e crenças
É antes e sempre a capacidade de permitir ao outro ser feliz
Do seu jeito e nos sentirmos felizes na sua alegria.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Razões

Talvez não devesse doer, mas minha alma reclama
Talvez nem devesse crescer, mas já é tão grande me sufoca
Talvez eu devesse esquecer, mudar, partir
Mas insisto em ficar...
Talvez nem pudesse permitir
Mas foi ficando, ocupando e agora está assim
Fincado, meio emperrado, difícil de tirar
Tirar do peito, da vida, do coração
É uma dor silenciosa, amarga e triste
Só sei que precisa acabar
Está sendo alimentada de mágoas, de motivos sem razão
Neste momento só quero que passe, que deixe de ser sofridão.