sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Quando escrevo

Quando escrevo sinto a maré cheia de palavras
Que se derramam desesperadas, tentando dizer o que sentem
Nas linhas se avolumam como ondas bravas
Espumando vorazmente o que não se cala
Resultado das tempestades que assolam o meu ser
Que deriva desgovernado na existência comum
Na poesia até a dor parece florida
A magoa, o medo são como pedras brancas na decoração do jardim
Tudo toma cor e se você prestar atenção sentirá que aroma tem
Quando escrevo... despejo palavras que me sufocam
Sejam de amor, alegria ou tristeza
Sejam de sofrimento ou regozijo
Apenas despejo nas linhas
O pouco que minha mente capta e decodifica
De um universo inteiro dentro do meu peito
Quando escrevo as vezes peço socorro
Outras vezes ofereço socorro
Quando escrevo algo maior dentro de mim está alerta e presente
Sinalizando para o mundo.

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