domingo, 10 de dezembro de 2006

Coisas...

As coisas pequenas, frágeis e dóceis.

As cores quentes, os tons suaves.

O doce e o amargo.

O frio e o calor.

A solidão e o estar junto.

O inimigo e o amigo.

O maçante e o excitante.

O Sol e a Lua.

A vida, a morte.

As alegrias e tristezas.

As dores e satisfações.

Pessoas, seres estranhos caminhando sobre o mundo.

Mentes dormentes, corações confusos.

Mudos de alma, vazios de espírito.

Perdidos, frustrados...

Pessoas fingindo, sentir, pensar, fazer.

Ditando normas e regras que nunca seguiram.

Minando toda possibilidade de verdade.

Coisas andantes, solitários e mesquinhos.

Pessoas tentando serem humanas.

Desconhecem o significado desta denominação

Estranhos num ninho que não lhes pertence

Caminhando sobre o mundo, sem rumo, sem destino

Cegos e surdos vagando no universo

Na superfície das coisas

Feitos de mentira, fabricados, descartáveis

E o tempo virá dessas coisas serem limpas

E nada restará, nem sinais, nem lembranças

Apenas o pó e o nada.

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