sábado, 30 de setembro de 2006

Penso

Agora só me resta a poesia

Para matar a saudade

Relembrar as alegrias

Me agarrar as carícias

O beijo doce o abraço apertado

Só me restam as linhas

Companheiras silenciosas

Dos momentos de aflição

Das noites de angustia

Dos sonhos que se desfazem na imensidão

No horizonte dos meus pensamentos

No infinito dos meus sentimentos

Só a poesia e o meu coração

Na poesia encontrar o som da sua voz

Mergulhar no seu abraço

E sufocar o grito preso na garganta

De um adeus que não virá

Uma lágrima furtiva, desce destemida pela face

As palavras não ditas, tornam-se música

E o querer infantil

Adormece displicente no inconsciente gentil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário