quinta-feira, 24 de agosto de 2006

Ilusão

Frágeis castelos de areia
Construídos na tua ilusão
De um amor utópico
Alimentado pela tua imaginação
Agora já cheio de desencanto
Quando o amor real, te desperta a alma
Feito de verdade, nem sempre a imagem dos teus sonhos de ficção
E então desprezas o sentimento qual mãe rejeita o filho que não de sua afeição
Duros os princípios de teus sonhos, fecham as portas para o teu despertar
Talvez tristonho, de verdades tocáveis
Passado, presente, tornando amargo o mel
Futuro presente tornando impossível o céu
Presente, angústia latente, dominante turvando as águas do dia-a-dia
Tempo senhor de muitos escravos
Controlador, impiedoso
Tento em vão com as palavras falar do amor que sinto, sei que a minha dificuldade nos atrapalha, mas também sinto que a tua facilidade de lidar com elas nos atrapalha
Você com tua visão e percepção apuradas se impacienta com minha limitação e quando poderia me auxiliar me quebranta o espírito, destila e incrusta na minha alma a força das tuas sugestões
Não sofre pôr mim ou comigo, sofre pôr você
Pelo que você acredita pelo que você quer
Se alguma vez você percebeu o meu amor nos meus gestos ou em tudo quanto eu já transformei e melhorei em mim, você não deu a isto a mesma importância que dá aos momentos em que não os supero
Faz sempre questão de tornar seu ideal mais inacessível, mais sublime, mais e mais...
Fala da matéria do aqui do agora e ao mesmo tempo coloca teu ideal de amor noutra dimensão, noutro espaço
No vácuo

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